«A percentagem de estudantes que dizem querer ficar só com o 12.º ano, abdicando da formação superior, está a aumentar. Os resultados do 4.º Barómetro Educação em Portugal 2014, realizado pela EPIS – Empresários pela Inclusão Social, mostram que os jovens estarão a acreditar menos nos estudos académicos e terão “uma percepção errada” sobre quem são as principais “vítimas do desemprego”, as pessoas com menos qualificações, alerta o presidente da associação, Luís Palha da Silva. Mas a falta de dinheiro das famílias também não será alheia à tendência.
As entrevistas directas a 2192 alunos do 3.º ciclo de vários pontos do país, no ano lectivo 2013/14, revelaram o seguinte: 54,5% dos alunos querem ir para a universidade; 39,5% querem ficar com 12.º - a escolaridade obrigatória - e 6% pretendem apenas concluir o 9.º ano.
“Estas conclusões lançam um sério alerta sobre a correlação entre desemprego e baixa formação escolar. Quando alunos e pais optam pelo 12º ano, em detrimento de um curso superior, estão a aumentar a probabilidade de cair no desemprego”, defende o presidente da EPIS, num comunicado que enviou à imprensa.
Contactado pelo PÚBLICO, o secretário-geral, Diogo Simões Pereira, admite que há outra razão para os jovens abdicarem da universidade: “A crise coloca um espartilho económico nas famílias.” Também reconhece que os baixos salários e a precariedade contribuem para a ideia de que o investimento nos estudos não compensa. Sublinhando, porém, que " compensa", insiste que é preciso contrariar esta perspectiva: “Estes dados significam que a juventude está a perder a esperança”, diz, realçando o facto de os inquiridos terem, na maioria, entre 12 e 15 anos.
Esta tendência vai ao encontro de dados já conhecidos: este ano, 56% dos alunos que se inscreveram nos exames nacionais do ensino secundário pretendiam ingressar numa universidade ou politécnico. Em 2012, eram 61%.
Já segundo o Barómetro agora divulgado, em 2013/2014, 54,5% dos alunos referiram ter como meta a formação universitária, o que representa uma quebra de 9 pontos percentuais face aos 63,5% do ano anterior. A mesma tendência caracteriza as expectativas das famílias. As respostas à pergunta “Até que ano de escolaridade achas que os teus pais gostariam que tu estudasses?” mostram que, em 2012, 78,3% gostaria que os filhos tirassem um curso superior; em 2013, 69,5.
Quanto aos alunos que só querem ficar com o 12.º, a percentagem de 39,5 representa uma subida de 6,9 pontos percentuais em relação aos 32,6 do ano anterior. Nas famílias o mesmo, ou seja, haverá mais pais que colocam como meta dos estudos para os filhos o 12.º (20,6% em 2912; 29,3% em 2013). No 9.º, o cenário repete-se: era a meta para 3,9% dos alunos em 2012; em 2013, aumenta para 6%.
“Estas conclusões lançam um sério alerta sobre a correlação entre desemprego e baixa formação escolar. Quando alunos e pais optam pelo 12º ano, em detrimento de um curso superior, estão a aumentar a probabilidade de cair no desemprego”, defende o presidente da EPIS, num comunicado que enviou à imprensa.
Contactado pelo PÚBLICO, o secretário-geral, Diogo Simões Pereira, admite que há outra razão para os jovens abdicarem da universidade: “A crise coloca um espartilho económico nas famílias.” Também reconhece que os baixos salários e a precariedade contribuem para a ideia de que o investimento nos estudos não compensa. Sublinhando, porém, que " compensa", insiste que é preciso contrariar esta perspectiva: “Estes dados significam que a juventude está a perder a esperança”, diz, realçando o facto de os inquiridos terem, na maioria, entre 12 e 15 anos.
Esta tendência vai ao encontro de dados já conhecidos: este ano, 56% dos alunos que se inscreveram nos exames nacionais do ensino secundário pretendiam ingressar numa universidade ou politécnico. Em 2012, eram 61%.
Já segundo o Barómetro agora divulgado, em 2013/2014, 54,5% dos alunos referiram ter como meta a formação universitária, o que representa uma quebra de 9 pontos percentuais face aos 63,5% do ano anterior. A mesma tendência caracteriza as expectativas das famílias. As respostas à pergunta “Até que ano de escolaridade achas que os teus pais gostariam que tu estudasses?” mostram que, em 2012, 78,3% gostaria que os filhos tirassem um curso superior; em 2013, 69,5.
Quanto aos alunos que só querem ficar com o 12.º, a percentagem de 39,5 representa uma subida de 6,9 pontos percentuais em relação aos 32,6 do ano anterior. Nas famílias o mesmo, ou seja, haverá mais pais que colocam como meta dos estudos para os filhos o 12.º (20,6% em 2912; 29,3% em 2013). No 9.º, o cenário repete-se: era a meta para 3,9% dos alunos em 2012; em 2013, aumenta para 6%.
Retenções preocupam
As reprovações também preocupam a associação. No 7.º ano, 21,6% dos alunos já reprovaram uma vez; 6,4% mais do que uma, mas não de forma consecutiva, e 6,5% mais do que uma e de forma consecutiva. Para Luís Palha da Silva, existe, desde 2011, “um padrão de insucesso que aponta para a necessidade urgente de correcção do desenho do 1.º e 2.º ciclos”: “A aposta no sucesso escolar deve ser feita logo no 1º ciclo e não deixar que o problema se arraste até ao 3º ciclo, onde a intervenção é apenas correctiva e insuficiente. É fundamental investir no sucesso escolar de todos os alunos logo desde o início da escolaridade.”
Outra das conclusões revela que “os alunos pedem uma liderança mais forte das escolas em termos de disciplina, sucesso escolar e envolvimento com a comunidade” e que “este pedido é dirigido directamente aos directores das escolas, mas também às suas equipas de gestão”.
A percentagem de alunos que entende que “as escolas não desenvolvem suficientes actividades para atrair os pais e encarregados de educação” é 43,1%, a mais baixa desde 2010.
Os hábitos de leitura em casa também têm vindo a diminuir. À pergunta “É habitual em casa lerem-se livros, jornais, revistas?” 50,7% respondeu que sim – em 2007 a percentagem era 65,5%. A EPIS alerta para o facto de as famílias portuguesas poderem estar a “migrar para outras formas de informação e de “entretenimento cultural” – Internet e televisão sobretudo”. À pergunta “Em tua casa existem regras que têm de ser cumpridas em relação a horários de computador e de televisão?” 54,6% respondeu que sim, uma percentagem que era de 67 em 2012.»
Outra das conclusões revela que “os alunos pedem uma liderança mais forte das escolas em termos de disciplina, sucesso escolar e envolvimento com a comunidade” e que “este pedido é dirigido directamente aos directores das escolas, mas também às suas equipas de gestão”.
A percentagem de alunos que entende que “as escolas não desenvolvem suficientes actividades para atrair os pais e encarregados de educação” é 43,1%, a mais baixa desde 2010.
Os hábitos de leitura em casa também têm vindo a diminuir. À pergunta “É habitual em casa lerem-se livros, jornais, revistas?” 50,7% respondeu que sim – em 2007 a percentagem era 65,5%. A EPIS alerta para o facto de as famílias portuguesas poderem estar a “migrar para outras formas de informação e de “entretenimento cultural” – Internet e televisão sobretudo”. À pergunta “Em tua casa existem regras que têm de ser cumpridas em relação a horários de computador e de televisão?” 54,6% respondeu que sim, uma percentagem que era de 67 em 2012.»
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