Envelope da carta de um admirador de 14 anos, enviada em 1958

Envelope da carta de um admirador de 14 anos, enviada em 1958

As cartas que os admiradores da Rainha do Crime lhe escreveram são agora publicadas no 125.º aniversário da escritora

O que pode a literatura por uma mulher num campo de trabalho alemão durante a II Guerra? E o que pode por centenas de mulheres em prisões políticas na Roménia? E por um rapaz de 14 anos que sonha já com os filhos que um dia terá? Pode muito, dizem as centenas de cartas de admiradores dirigidas a Agatha Christie. Muitas vezes pode mais do que tudo o resto. As cartas, publicadas agora pela primeira vez no 125º aniversário da autora de 66 romances policias e 14 coleções de contos, podem ser vistas no seu site oficial, disponibilizadas pelo seu neto Mathew Prichard.
1 de junho de 1959. Uma mulher polaca conta à criadora de Miss Marple e Hercule Poirot que, num campo de trabalho alemão durante a guerra, recebeu em troca de um pedaço de vela uma tradução polaca de O Homem do Fato Castanho, único livro que tinha então. "Era uma fascinante e divertida história que lia e relia tão frequentemente que quase a sabia de cor. As primeiras páginas estavam em falta por isso não sabia o título nem o autor, mas durante sete meses aquilo foi a minha única ligação com um mundo normal." E despede-se Irena Malouzynska: "Nunca um dos seus livros pode ter significado mais para alguém do que aquela esfarrapada tradução polaca significou para mim."

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