Estava internado desde o final de fevereiro depois de ter sido diagnosticado com Covid-19. O escritor chileno era um dos nomes maiores da literatura latino-americana. Morreu esta quinta-feira.
Foto do Observador
Morreu, aos 70 anos, Luis Sepúlveda, vítima de infeção pelo novo coronavírus. Deixa uma vasta obra literária, um autêntico “exercício de memória”, onde a fábula, melhor género para conhecer o ser humano “à distância”, como dizia, se convertia num pretexto para se debruçar sobre as personagens que foi conhecendo ao longo da vida. Porque a escrita não fazia parte de uma terapia para curar feridas do passado. A escrita era sempre parte do presente do autor.
Luis Sepúlveda foi internado em Gijón, nas Astúrias, no final de fevereiro, depois de ter sido diagnosticado com Covid-19, dias após ter estado em Portugal, para participar no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. Todos os participantes no festival acabaram por ficar em quarentena, que terminou sem que ninguém manifestasse sintomas da doença.
Sepúlveda foi, e em primeiro lugar, fruto de uma época que só poderia convertê-lo num contador de histórias. A ditadura de Augusto Pinochet, a guerra do Vietname, a descolonização em África, a revolução cubana, o maio de 68 antes do maio de 68 francês. E a Guerra Fria, que foi useira e vezeira da América Latina. De criança à vida adulta, o escritor chileno esteve sempre um pouco por dentro das convulsões sociais da segunda metade do século XX.
Nascido em 1949, numa pequena vila chamada Ovalle, no Chile, envolveu-se na política muito novo, ainda na faculdade. Antes veio o teatro, ou a produção teatral, na Universidade Nacional do Chile. Um género que iria marcar muito da sua vida antes de se tornar um autor mundialmente famoso. Ainda em adolescente, decide ler Moby Dick, de Herman Melville, com 16 anos. É com esse livro que desperta uma dúvida que iria levá-lo até ao género da fábula, ao reino animal, esse “convite à literatura”. (...)
Ler mais aqui. (notícia retirada do jornal Observador).

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