Uma projeção da Biblioteca do Futuro, que vai ser construída em Oslo, na Noruega
Uma projeção da Biblioteca do Futuro, que vai ser construída em Oslo, na Noruega
A escocesa Katie Paterson plantou uma floresta cujas árvores serão transformadas na biblioteca do futuro, um projeto artístico para um século e para refletir sobre o futuro.
O novo livro de Margaret Atwood não será lido nos próximos cem anos. Será preciso esperar um século para que as árvores em que vai ser publicado cresçam e se transformem em papel e até lá o livro vai ficar fechado numa cápsula do tempo, sem ser lido. A escritora canadiana foi a primeira a aceitar o desafio de escrever para o futuro, mas o convite para participar na Biblioteca do Futuro será estendido a outros 99 autores, um por ano, até 2114. O projeto é da artista escocesa Katie Paterson, chama-se Future Libraries e tem tanto de ambicioso como de cativante.
A Biblioteca do Futuro, uma garantia de que o livro em papel sobrevive até 2114, vai nascer em Oslo, na Noruega. A obra foi encomendada para a série Slow Spaces [Espaços Lentos], um projeto de construção de arte em espaços públicos da Bjørvika Utvikling, explica Anne Beate Hovind, a comissária e produtora da obra. "Quando a Katie me disse o que queria fazer tive um momento de pânico. O que é que faço agora. Cem anos? Porque é que não faz simplesmente uma escultura?", brinca Anne, antes de confessar que ficou logo presa à ideia. "Toda a gente envolvida ficou imediatamente cativada, embora a ideia seja louca. E a resposta tem sido fantástica, estamos muito orgulhosos."

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