E eis-nos a celebrar mais um Dia Mundial da Poesia (21 de março).
Em Arouca teremos duas atividades como é habitual: "Frequência com Poesia" e "Estendal Poético".
"Frequência com Poesia" e "Estendal Poético" são duas atividades conjuntas da Biblioteca Municipal de Arouca e das Bibliotecas Escolares dos Agrupamentos de Escolas de Arouca e Escariz.
Estendal Poético
Apresentação de 10 poemas em forma de “estendal”, impressos em t-shirts coloridas, em espaço público do concelho de Arouca e na Escola sede do Agrupamento (FOTOS).
Poemas selecionados no Agrupamento de Escolas de Arouca:
1. A fruta, 2ºA ARC/AEA
A FRUTA
A fruta é um alimento
Extremamente saudável
Faz bem ao nosso corpo
E tem um sabor agradável!
Contém vitaminas,
Fibras e sais minerais
Para o nosso organismo
Nunca são demais.
Banana, morango, maçã,
Pera, maracujá e melão,
Todos são importantes
Para nos livrar da constipação!
A fruta
Ajuda na digestão
Todos devemos comê-las
No fim da refeição.
A FRUTA DEVEMOS COMER
E SAUDÁVEIS IREMOS SER!
2. Move-te pelos cogumelos, EB1 Moldes/AEA
Move-te pelos Cogumelos
Lindos cogumelos silvestres
Encontramos a passear:
Macralepiota Procera e Amanita Muscaria
Depois de muito pesquisar.
Brancos, amarelos, vermelhos
É bonito de se ver.
Comestíveis, venenosos, tóxicos
Devemos muito bem conhecer.
Refogados ou assados
Ou com bacalhau os comia
Os tartulhinhos brancos
Toda a gente conhecia.
No tempo dos nossos avós
Pelos montes, pelos campos
Enchiam cestos e cestos
“Pelos Santos, tartulhos tantos!”
Ao longo das nossas aulas
Vamos o tema tratar
Para depois podermos
No Carnaval desfilar!
3. A nossa língua, de Maria Dias, 7ºC/ESA
A nossa Língua
Falar na nossa língua,
Na mesma língua cantar,
Ler na nossa língua,
Na mesma língua chorar.
4. A vida é assim, 10ºA/ESA
A vida é assim
Abre a pestana, e presencia
Esta indiferença, tanta prepotência
Já não somos Homens livres
Sempre agarrados ao passado
E com o pesar de o querer ver mudado
Mas a vida segue e pouco te vale lamentar
A única saída é ir trabalhar
Um dia de cada vez
Como o pobre camponês
Que trabalha dia e noite
Só para ter o que comer
Mas a vida é assim
Nem sempre é justa
Num dia ganhas
Noutro perdes
Que nem uma roleta russa
5. Põe as tuas mãos, Salomé Sousa, docente/EAE
Põe as tuas mãos
Põe as tuas mãos a semear
Verás plantinhas a nascer e
Animais a surgir.
É a vida a renascer!
Num mundo que tens para colorir.
Põe as tuas mãos a plantar
Árvores que dão frutos
Árvores que dão ninhos
Árvores que dão ar
Árvores que dão papel
Árvores que fazem girar o carrossel
Árvores que dão abrigos
A animais e plantas em vias de extinção
Dá ao mundo uma lição!
Põe as tuas mãos a explorar
O sol e o vento é preciso aproveitar
Poupa os recursos naturais
Que ameaçam escassear!
6. Amor, Fátima Silva, EE/Ponte de Telhe/AEA
Amor
Nasce uma flor num jardim.
É tão especial!
Quando ela morre
Tudo parece ter fim.
Amor é viver
Viver é sonhar
Sonhar é sorrir
Assim é amar.
Quando nasce um filho
Nasce uma flor.
Cuida-se tão bem dela
Com carinho e amor!
Ser mãe é amar
Ser mãe é sofrer
Ser mãe é ser feliz
Feliz a valer.
Frequência com Poesia
Poemas selecionados no Agrupamento de Escolas de Arouca:
1. Futebol Galáctico, Duarte Carvalho, 1ºC BUR, AEA
Futebol Galáctico
Gosto muito de jogar à bola
Com os amigos da escola
Nos belos dias de sol
Brincamos ao futebol
Sou um goleador
Que faz a bola viajar
E andar pelo ar
Parece que vai à Lua
E às estrelas também
Na força de um vaivém
Que depois desliza
E vai direita à baliza
Até pareço um craque
Com a sua claque
Sou é um pequeno jogador
Que ainda é um amador
E sou tão feliz assim
Nesta brincadeira sem fim
No faz de conta a jogar
Desenho o mundo a sonhar
2. Parar para pensar, de Alice Fernandes, 6º A, ESA
Parar para pensar
Parar para pensar
Há tanta gente neste mundo
Que está sempre a andar
De um lado para o outro
Nunca para pra pensar
Pensar em quê?
Querem vocês saber
Na fome, política
Guerras que estão a ocorrer
Miséria, tristeza
Coisas que não conseguimos imaginar
Mas se ao menos tirássemos
Algum tempo para pensar
Pensar em medidas novas, judas
Algo que conseguíssemos fazer
Mesmo sendo pouco
Todos iríamos agradecer
Mantenham-se informados
Todos os dias as notícias tentem ver
Pois o nosso mundo está um caos
E ninguém quer saber
3. A minha escola tem alma, de Eunice Correia, 7ºC, ESA
A minha escola tem alma
A escola onde aprendo
Está muito bem situada:
Nasceu numa grande avenida,
E tem simpatia à entrada.
Ao cimo da escadaria
Há um notável casarão
Onde os meninos, antigamente,
Aprendiam a lição.
E esta escola onde cresço
Tem projetos inovadores,
Há alegria e dinamismo
E amigos que são professores.
Em Arouca, vale encantado,
Se ergue este berço de afetos,
Fervilha de esperança e de vida,
Educa pais, filhos e netos.
Esta escola que me acolhe
E que tanto tem para me dar,
É palco de tantas histórias
Que a saudade vai recordar.
Entre as montanhas da Freita,
Há saber e tradições.
Entre elas está a minha escola,
Que marca o futuro de gerações.
4. Se eu fosse um dia o teu olhar, de Ricardo Brandão, 11ºA, ESA
Se eu fosse um dia o teu olhar
Se eu fosse um dia o teu olhar
Lembrar-me-ia de imagens deste mundo, noutro lugar
Se estas ruínas falassem teriam muito para contar
A saudade mata e sentes o aperto daquela má sensação,
Fechas os olhos e arrepias-te, sentes a vibração.
Este santuário arruinado que muitas vezes tremeu,
Pousaste numa flor e sentiste que algo aqui morreu.
Já nada é igual, tudo passou à história,
Os fantasmas aqui permaneceram tal como na tua memória.
Amaste e foste amado
E isso ficou sempre em ti marcado.
Sentias-te a voar com uma asa ferida
São aprendizagens que arrecadaste desta vida.
Hoje reconheces que erraste
E tentas superar esta agonia
Quiseste seguir e não me escutaste
Mas este veneno jamais desapareceria
Este lugar e os sentimentos aqui passados
Morrem contigo e serão eternamente imortalizados
5. O que é o Amor, de Lurdes Duarte, docente, AEA
O que é o Amor
Amor é fogo que arde sem se ver,
Dizia o nosso Grande Poeta.
E eu, que, afinal, nem poeta sou,
Que poderei do amor discorrer?
Amor é fogo, sim, que queima o coração,
Quando se cinge a ávida paixão,
Que se aviva e se apaga,
Consumido em efémero momento.
Mas eu prefiro a humilde chama
De quem verdadeiramente ama,
Muito para além do fugaz lamento
Que não passa de vão sentimento
E pouco constrói que enalteça a alma.
Prefiro o abraço cálido e sereno,
Que se aconchega no embalo de mãe;
O olhar protetor de um pai;
A palavra que revigora da árdua luta,
Um bem que a amizade concede e disfruta
Sem exigir retorno se é de verdade.
Prefiro o sorriso que a dor consola;
A mão que se estende para dar esmola.
Cobertor quente no gelo da vida,
Flor que se abre e que dá guarida,
Degrau que eleva da terra ao infinito,
Caminho aberto, doação e vida,
Assim é o amor em que eu acredito.
Mas… que sei eu, afinal, do amor?
O amor é coisa de poetas?
Eu, que nem poeta sou,
Só acredito naquela espécie de amor
Que do coração brotou
E que é fonte da verdadeira vida
6. Meu menino, de Sónia Cruz, EE/Ponte de Telhe/AEA
Meu menino
De muitos temas livres
O mais bonito eu escolhi.
Meu querido filho
Este poema é para ti.
Não é fácil descrever
O amor que sinto!
O pai e a mãe amam -te
E se o digo não minto.
És o nosso eterno menino
Estamos aqui para ajudar a crescer.
E a mostrar-te que com a vida
Ainda tens muito que aprender.
Nos teus olhos verdes
Brilham sonhos especiais !
E tudo vamos fazer
Para que se tornem reais.
Termino a dizer
Que vamos gostar sempre muito de ti!
É com muito orgulho que dizemos
Vai sempre em frente e sorri!
Felizmente são cada vez mais as ocasiões em que se faz a festa à volta da Poesia.
Aqui estão outros trabalhos enviados no âmbito dos Desafios do PNL2027, de março.
A Eunice Correia, do 7ºC, aceitou o desafio de fazer um poema começado pela palavra "tu".
TU
TU és o meu gostoso xuxu
E sei que também gostas de mim.
O desafio era um poema começado por "tu"
E aqui estou eu a chegar ao fim.
Tatiana Bumba, 10ªD, fez dois dos desafios propostos com a colaboração da professora Olga Rodrigues.
1. Poema de sete palavras
Um sorriso,
Uma amizade,
Um sonho partilhado.
2. Poema sem a letra "A"
Sonhei contigo.
Foste cruel.
Escondeste-te de mim,
Fugiste, porquê?
Desejo o teu regresso,
Quero-te!
A professora Fernanda Almeida aceitou fazer um poema a partir do poema "Era uma vez uma nêspera" de Mário- Henrique Leiria.
ERA UMA VEZ UMA NÊSPERA
Era uma vez uma nêspera,
Solitária e madurinha,
De aspeto apetitoso,
Pendurada no quintal da vizinha.
E eu, da minha janela,
Enquanto a mãe limpava a cozinha,
Sonhava que a podia trincar.
Parecia uma aguarela,
Pintada com o meu olhar.
E um dia, a bela nêspera
Caiu no chão, coitadinha!
Logo eu me deliciei…
Era tão suculenta e docinha!
O convite continua de pé: acede aos Desafios do PNL2027 do mês de março (Desafios 7) e experimenta pô-los em prática.
Partilha connosco (através do email adelaide.peres@agesc-arouca.pt) os trabalhos resultantes desses Desafios. A todos os participantes daremos um prémio. Quem se atreve?
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