É a 26 de março que se celebra o Dia do Livro Português.
O Dia do Livro Português foi criado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a importância do livro e da língua portuguesa em todo o mundo e no saber da humanidade em geral.
Foi escolhido o dia 26 de março para esta celebração pois foi neste dia, em 1487, que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”, em hebraico. Ele saiu das oficinas do judeu Samuel Gacon, na Vila-a-Dentro, em Faro. Já o primeiro livro escrito em português foi impresso no Porto dez anos depois, a 4 de janeiro de 1497. Produzido pelo primeiro impressor luso, Rodrigo Álvares, o livro tinha o título de “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Grandes livros portugueses
Entre os grandes livros da literatura portuguesa citamos alguns:
- Os Lusíadas – Luís de Camões
- Os Maias – Eça de Queirós
- Amor de Perdição – Camilo Castelo Branco
- Mensagem – Fernando Pessoa
- Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
- Memorial do Convento – José Saramago
- Sermão de St. António aos Peixes – Padre António Vieira
- Peregrinação – Fernão Mendes Pinto
- As Pupilas do Senhor Reitor – Júlio Dinis
- Bichos – Miguel Torga
- Viagens na Minha Terra – Almeida Garrett
- Aparição – Vergílio Ferreira
- Rimas – Bocage
- O Livro de Cesário Verde – Cesário Verde
- Clepsidra - Camilo Pessanha
- Gaibéus - Alves Redol
- Balada da Praia dos Cães – José Cardoso Pires
- Mau Tempo No Canal - Vitorino Nemésio
- As Mãos e os Frutos - Eugénio de Andrade
- A Sibila - Augustina Bessa-Luís
- Pena Capital - Mário Cesariny
- O Medo – Al Berto
- A Colher na Boca - Herberto Helder
- Felizmente Há Luar! - Luís de Sttau Monteiro
- Sinais de Fogo - Jorge de Sena
- Charneca em Flor - Florbela Espanca
- Poesia - Sophia de Mello Breyner Andresen
Os Livros
Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.
José Jorge Letria,
Pela casa fora, 1997
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