BE | 🚍Na Rota dos Escritores | De Camões a José Luís de Peixoto, uma rota literária a descobrir

"Crescemos sempre que descolamos o queixo do peito. De uma só vez, mais depressa do que um estalido, a distância mostra-nos que há muito mais do que apenas aqui, há muito mais do que apenas agora. A distância é bonita porque nos desafia."

                                                                   in "ONDE", de José Luís Peixoto

Grupo de 30 participantes em Constância - Vila Poema

Nos dias 10 e 11 de julho, realizou-se mais uma edição da Rota do Escritor. 

Este ano, para celebrar os quinhentos anos do nascimento do glorioso poeta Luís de Camões, o maior poeta da nossa língua, o criador da grande epopeia dos descobrimentos e de uma obra lírica assombrosa, foram os participantes convidados a visitar a antiga e pitoresca Constância, onde o poeta terá estado antes de rumar a Ceuta.

Com o Tejo como paisagem, percorreram-se os caminhos de Constância, Abrantes e Sardoal, com paragens no Castelo de Almourol, nas Mouriscas (para ver a mais antiga oliveira existente em Portugal) e em Tomar, cidade dos templários.

Almourol

Mouriscas

A obra de José Luís Peixoto, "Onde", foi uma preciosa companhia para esta jornada e descoberta dos locais.

"Onde", de José Luís Peixoto

Pernoitaram e jantaram os peregrinos na Quinta de Santa Bárbara, conhecida como Quinta do Paio, propriedade de  D. Francisco de Melo Sampaio, amigo de Camões, a quem o poeta dedicou a quinta trova do "Banquete das Trovas". 

Quinta de Santa Bárbara

Com o senhor Vítor, o nosso motorista

A viagem correu de modo mui aprazível, com alegria e boa disposição de todos. 

Expressamos os nossos sinceros agradecimentos ao senhor Vítor,  à Direção do AEA, à Câmara Municipal de Arouca e aos Estabelecimentos Cavadinha, cujo suporte foi essencial para o sucesso desta memorável edição da Rota do Escritor.

“Viajar com um escritor é um modo de vivificarmos as nossas raízes históricas, culturais, literárias e linguísticas. Viajar com a literatura é também uma forma singular de conhecimento e de fruição; é ainda um modo de evocar tradições, de enriquecer o nosso imaginário coletivo e de solidificar o sentimento identitário enquanto nação e enquanto cultura, com consciência da sua individualidade e riqueza.”