Tinha sido um 007 (agente do Secret Intelligence Service), e essa experiência real de vida transfigurou-a na ficção. Essa passagem não foi “lost in translation”: pelo contrário, consagrou-a não só como um dos maiores escritores ingleses, mas também como o mestre indiscutível do género literário da espionagem. John Le Carré (David Cornwell era o seu verdadeiro nome) morreu no sábado, 12 de dezembro, aos 89 anos.
Alcançou a fama com “O espião que saiu do frio” (1963), definida por Graham Greene como a “spy story” «mais bela e envolvente» que alguma vez leu. O protagonista, George Smiley, representa a antítese do 007 clássico, à James Bond: não é belo nem vigoroso. Antes, usa óculos, é gordo, e ainda por cima calvo. Mas nem por isso é menos fascinante. Como o é a trama, imagem de marca de Le Carré: intrigas, jogo duplo, identidades múltiplas, traições e reviravoltas. O cenário é a Guerra Fria.
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Retirado da Pastoral da Cultura.
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