por Sofia Pereira
« (…) Andava enquanto lia, uma mão no bolso, a outra, a que segurava o livro, um pouco estendida, como se enquanto lia nos oferecesse o livro (…) Apetecia-nos ler, e pronto…(…) O mais importante, era ele ler para nós em voz alta, era a confiança que ele colocava imediatamente no nosso desejo de compreender… O homem que lê em voz alta eleva-nos à altura do livro. Ele dá verdadeiramente a ler.
(…) Os livros não foram escritos para que o meu filho, a minha filha, a juventude, os comente, mas para que, se o coração assim decidir, sejam lidos.»
Daniel Pennac
Daniel Pennac reflete, no seu livro «Como um Romance», os motivos que levam os jovens a não gostarem de ler. A partir da sua experiência pessoal como professor, ele procura encontrar estratégias motivadoras que recuperem a paixão pela leitura nas faixas etárias mais novas, submissas à massificação dos media e da informação. Para o autor, torna-se primordial mostrar que o ato de ler deverá ser entendido como um ato de prazer e não de obrigação, uma atividade que desenvolverá a criatividade e deverá ser estimulada desde tenra idade e em voz alta.
A leitura é um alimento para a alma dos leitores e estes têm direitos inalienáveis, segundo Pennac:
  1. O direito de não ler
  2. O direito de saltar páginas
  3. O direito de não acabar um livro
  4. O direito de reler
  5. O direito de ler não importa quê
  6. O direito de amar os “heróis” dos romances
  7. O direito de ler não importa onde
  8. O direito de saltar de livro em livro
  9. O direito de ler em voz alta
  10. O direito de não falar do que se leu
Título: Como um Romance
Autor: Daniel Pennac
Editora: Asa

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