Integrado nas atividades referentes à “revolução dos cravos” - Abril depois de Abril, no passado mês de março, realizou-se, na ESA, uma exposição de fotografia organizada pela ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas) com um conjunto de 90 imagens captadas no contexto da Guerra Colonial (1961-1974).


A Guerra Colonial começou em 1961 e arrastou-se por 13 anos, tendo terminado apenas no decorrer da revolução de 25 de Abril de 1974. Ao longo desse período, várias gerações de jovens rapazes foram mobilizados como soldados para este conflito que acontecia longe do território nacional.

Neste contexto, recebemos, no dia 22, Manuel Paiva, Mário Santos e Fernando Santa, antigos combatentes, todos eles feridos em combate no cumprimento da atividade militar em Angola e Moçambique. Estes membros da ADFA contaram “histórias de guerra” e prestaram o seu testemunho perante cerca de 200 alunos, no Grande Auditório da ESA.



Numa realidade que os alunos sentem longínqua, os nossos convidados recordaram o final da sua adolescência, que tinha a guerra colonial como cenário de fundo e futuro provável. A dor da família e das namoradas, a incerteza da vida e da morte. E depois, a violência da despedida no embarque no Vera Cruz, a crueza das imagens da perda dos camaradas de guerra, os ferimentos graves e a recuperação lenta.


Uma reflexão humanista que salientou a natureza da ditadura do Estado Novo e alertou para a urgência de fortalecer a democracia. 

Três intervenções que deixaram uma mensagem essencial: 

um grande e claro "NÃO À GUERRA". 

Notícia e fotos de Alexandra Santos
Atividade realizada pelo Departamento de Ciências Humanas e Ética 

0 comentários:

Enviar um comentário

 
Top