Joaquín Salvador Lavado, nome próprio de Quino, morreu hoje aos 88 anos na Argentina.
Considerado um dos maiores cartoonistas da Argentina (e, porque não dizê-lo, do mundo), Quino deixa para trás uma vasta obra onde ao seu próprio pessimismo alia uma lição importantíssima – a de procurarmos ser, sempre, melhores.
Foi o criador de Mafalda, entre outras personagens.
Mafalda, 'a' personagem
Apesar de ter sido criada em 1962, para a promoção de uma gama de eletrodomésticos, a famosa personagem de banda desenhada só apareceu pela primeira vez - carrancuda, com farta cabeleira negra - a 29 de setembro de 1964, no semanário argentino Primera Plana.
Filha de uma família da classe média argentina, Mafalda questiona a Humanidade e a existência da sopa, de dedo em riste e quase sempre com um ar preocupado. Uma "heroína zangada que recusa o mundo tal como ele é", descreveu Umberto Eco em 1969.
Quino foi publicando as tiras de BD da Mafalda - e de uma galeria de personagens que inclui Manelito, Filipe, Susanita, Miguelito, Liberdade e uma tartaruga chamada Burocracia - ao longo de nove anos e em vários jornais, ao mesmo tempo que mantinha o trabalho no desenho gráfico de humor.
Contra a maré de sucesso, o autor decidiu não mais publicar as tiras semanais a 25 de junho de 1973, abrindo exceções para pedidos especiais, como quando desenhou Mafalda, em 1977, para uma campanha da UNICEF para os direitos das crianças.
Em Portugal, Mafalda foi publicada pela primeira vez em 1970 e desde então saíram vários álbuns e edições especiais.
Notícia e foto retiradas daqui.
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